A geração compartilhada de energia solar é um modelo inovador que permite a diversos consumidores compartilharem os benefícios da energia produzida por uma única usina fotovoltaica.
Essa modalidade, regulamentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) por meio da Resolução Normativa nº 687/2015, visa democratizar o acesso à energia solar, principalmente para aqueles que não podem instalar painéis solares em seus próprios imóveis.
Nesse modelo, consumidores residenciais, comerciais, industriais e rurais podem se unir em consórcios ou cooperativas para usufruir da energia gerada em uma planta solar instalada em local distinto do ponto de consumo. A energia produzida é injetada na rede da distribuidora local, e os créditos gerados são abatidos nas faturas dos participantes proporcionalmente à sua cota de participação.
Como funciona a geração compartilhada na prática

Para que o sistema funcione, é necessário que os consumidores estejam sob a mesma área de concessão da distribuidora de energia. A partir disso, eles podem formar um grupo formalmente estruturado, como uma cooperativa ou consórcio, e contratar ou instalar uma usina solar de geração distribuída.
A energia gerada é contabilizada por um medidor bidirecional na unidade geradora, e os créditos de energia (kWh) são distribuídos mensalmente entre os membros conforme o percentual definido em contrato. Esses créditos podem ser usados por até 60 meses, conforme determina a ANEEL, permitindo flexibilidade no uso.
Vantagens econômicas da geração compartilhada
Uma das principais vantagens da geração compartilhada é a redução expressiva da conta de energia elétrica, que pode chegar a até 20% ou mais, dependendo do modelo contratado. Além disso, os consumidores evitam os altos custos iniciais da instalação de sistemas fotovoltaicos em seus imóveis, tornando o acesso à energia solar mais democrático e acessível.
Outro ponto relevante é a previsibilidade de custos. Em muitos modelos de geração compartilhada, como a assinatura de energia solar, o consumidor paga uma taxa fixa ou variável com desconto, o que permite melhor controle do orçamento mensal.
Sustentabilidade e impacto ambiental
Ao optar pela geração compartilhada, os consumidores contribuem diretamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa. A energia solar é uma fonte limpa, renovável e inesgotável. Cada megawatt-hora (MWh) gerado por uma usina solar evita a emissão de, em média, 0,5 tonelada de CO₂ na atmosfera.
Além disso, essa modalidade fortalece a transição energética do Brasil, incentivando a descentralização da matriz elétrica e reduzindo a dependência de fontes fósseis e hidrelétricas, que são mais sujeitas a variações climáticas.
Modelos jurídicos: cooperativas e consórcios
Existem duas formas principais de organização jurídica para a geração compartilhada:
- Cooperativas de energia solar: formadas por pessoas físicas, têm caráter associativo e não visam lucro. Os participantes são chamados de cooperados e compartilham a produção da usina proporcionalmente à sua cota.
- Consórcios de energia solar: podem ser formados por pessoas físicas ou jurídicas. Diferentemente das cooperativas, os consórcios permitem maior flexibilidade na participação de empresas, condomínios e outras organizações.
Ambos os modelos exigem formalização, CNPJ próprio, contrato social e regulamentação junto à distribuidora e à ANEEL.
Quem pode participar da geração compartilhada?
Qualquer consumidor de energia elétrica do tipo grupo B (baixa tensão) ou grupo A (média e alta tensão) pode participar da geração compartilhada, desde que esteja na mesma área de concessão da distribuidora em que está conectada a usina solar.
Isso inclui:
- Residências em áreas urbanas e rurais
- Pequenos e médios comércios
- Indústrias de pequeno porte
- Prédios públicos e instituições
- Condomínios residenciais e comerciais
Geração compartilhada x outros modelos de geração distribuída
É importante diferenciar a geração compartilhada de outros modelos de geração distribuída, como:
- Geração junto à carga: o sistema de energia solar fotovoltaica é instalado no próprio imóvel do consumidor.
- Autoconsumo remoto: o consumidor possui uma ou mais unidades consumidoras e compartilha a energia entre elas.
- Geração compartilhada: consumidores distintos compartilham uma mesma usina, sem relação patrimonial entre eles.
Dessa forma, a geração compartilhada amplia o acesso à energia solar mesmo para quem não possui telhado adequado, mora de aluguel, ou não quer investir diretamente na instalação de painéis solares.
Tendência de crescimento no Brasil
O modelo de geração compartilhada tem crescido de forma acelerada no Brasil. Segundo dados da ANEEL, mais de 2.000 usinas de geração compartilhada já estão em operação no país, beneficiando mais de 200 mil unidades consumidoras.
Esse crescimento é impulsionado por fatores como:
- Redução dos custos da tecnologia solar
- Adoção de políticas de incentivo
- Busca por fontes de energia mais limpas
- Crescimento de startups e empresas especializadas
Além disso, a entrada em vigor do Marco Legal da Geração Distribuída (Lei nº 14.300/2022) trouxe mais segurança jurídica ao setor, fomentando investimentos e expandindo o acesso.
Como contratar geração compartilhada de energia solar
Para aderir à geração compartilhada, o consumidor pode buscar empresas especializadas que operam como intermediadoras do processo. Essas empresas oferecem planos de assinatura solar com descontos na conta, soluções personalizadas para empresas e residências, além de atendimento completo, incluindo documentação, relacionamento com a distribuidora e gestão de créditos
O processo geralmente inclui as seguintes etapas:
- Cadastro do consumidor
- Análise do perfil de consumo
- Assinatura do contrato
- Habilitação na distribuidora
- Início do abatimento dos créditos
Todo o processo é digital, transparente e sem necessidade de obras ou investimentos por parte do consumidor.
O futuro da energia solar está na colaboração
A geração compartilhada representa o futuro da energia solar no Brasil, promovendo a inclusão energética, sustentabilidade e economia. Com o avanço da digitalização, a regulamentação mais sólida e a conscientização ambiental da população, esse modelo tende a se consolidar como uma das principais formas de consumo de energia no país.
Empresas, residências e instituições públicas têm, hoje, uma oportunidade concreta de participar ativamente da transformação do setor elétrico brasileiro, de maneira econômica e responsável.
Quer fazer parte dessa transformação? A Dalsun é pioneira em soluções de energia solar residencial e comercial. Com ampla experiência em projetos, instalação e manutenção de sistemas fotovoltaicos, a Dalsun oferece soluções personalizadas, econômicas e sustentáveis para sua casa ou empresa.
